Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 1 de maio de 2011

The Pale Blue Dot – O Pálido Ponto Azul

Texto e Narração de Carl Sagan

2 comentários:

  1. Já me contentava que a maioria das pessoas, como medida de todas as coisas, pensasse na brevidade da sua passagem.
    Sem falar nos que teimam em ajudar à destruição do pontinho azul por puro egoísmo, ganância e ambição desmedida como se fossem viver 100 vidas.
    Estou a ver que conseguimos acabar com a nossa própria espécie e com o Planeta Terra, antes mesmo do Sol fazer esse serviço. Portanto, quando o Sol se apagar por falta de combustível ;) já a espécie humana deve ter desaparecido muito tempo antes... força de vontade é coisa que não falta, pena que seja só para o que não convém.

    Bjos

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!