Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 18 de junho de 2011

São Carlos que boa lembrança voltar lá


Foi bom voltar a São Carlos, há muito tempo que não revia aquele esplendoroso teatro. Levei a máquina, mas não me serviu de nada, porque não deixam registar qualquer lembrança fotográfica e/ou audio. Entendo.        
       
Deixo-vos com o 3º. Andamento da Sinfonia Nº. 4 de Tchaikovski, onde se ouve, em grande parte do "movimento" vários “pizzicato” excepcionais. Para quem não sabe, um “pizzicato” é o tocar com um ou dois dedos, as cordas, emitindo som claro, em instrumentos vulgarmente, tocados com arco. Sugiro que ouçam o concerto inteiro. No Youtube já vi pelo menos três concertos completos e diferentes, na orquestra e no maestro.    
         
In Wikipedia…           
          
Pizzicato” é o modo de tocar os instrumentos de corda (geralmente os de arco) com os dedos. O “pizzicato” é também muito utilizado no jazz, explorando a característica rítmica conferida ao instrumento nesse estilo. O “pizzicato” é a técnica que normalmente se usa para tocar, dedilhando-se, com a alternância de dois ou três dedos, as cordas. Vem sendo utilizada há alguns séculos no jazz e na música erudita, mas de uma maneira diferente: enquanto nas orquestras o “pizzicato” é apenas um "beliscão" na corda, normalmente feito com um só dedo, e no jazz utiliza-se uma pegada diferente, colocando-se o dedo quase que paralelo a corda e com isso gerando um som mais "encorpado".              
                
Daniel Barenboim conduzindo a “Chicago Symphony Orchestra” na execução da Sinfonia Nº. 4 de Tchaikovsky (3º. Andamento) em F minor (opus 36), no concerto de abertura da época de 1997, no Carnegie Hall.            
               

2 comentários:

  1. Estou a ver que foi mesmo bom... e quanto a fotos... com telemóvel ;) ou uma caneta à 007 ;)))

    Bjos

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  2. Foi bastante bom voltar a ouvir uma orquestra sinfónica ao vivo e um concerto para piano, tudo isto sem filtrado pelo amplificador, ou pelo computador. Estavam ali a 20 metros.
    Bjs

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!