Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 20 de agosto de 2011

Jazz Standards ((XXVIII)

O que é um “Jazz Standard” ?              
               
Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem variar em muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.          
                       
(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)               
                     
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)               
                          
Stompin’ at the Savoy (#48) - Música Benny Goodman, Edgar Sampson e Chick Webb, e Letra de Andy Razaf 
Aos 25 anos, Edgar Sampson entrou para a orquestra de Chick Webb. Ele tocava, profissionalmente, há 7 anos, incluindo, os brevemente grandes, Duke Ellington e Fletcher Henderson. Mas foi, enquanto actuando como saxofonista alto, com Chick Webb, que Sampson chegou a compositor e orquestrador. O sucesso chegou com a composição “Blue Lou” de 1933, e com uma orquestração, de um instrumental por ele escrito anteriormente, “Stompin’ At The Savoy”, que se tornou o segundo maior sucesso da orquestra de Chick Webb, depois de “I Can’t Dance (I Got Ants in My Pants)”, uma canção pouco resistente.              
                     
Judy Garland (Grand Rapids, Minnesota, 10-06-1922 - Londres, 22-06-1969) Esta é Judy dois depois de completer 14 anos de idade. Gravado dia 12 de Junho de 1936, sendo esta a sua mais antiga gravação “Decca” disponível.         
          
                    
                     
Letra (versão de Judy Garland)              
                      
Savoy, the home of sweet romance,
Savoy, it wins you with a glance,
Savoy, gives happy feet a chance to dance.
Your form just like a clinging vine,
Your lips so warm and sweet as wine,
Your cheek so soft and close to mine, divine.
How my heart is singing,
While the band is swinging,
I'm never tired of romping,
And stomping with you at the Savoy.
What joy - a perfect holiday,
Savoy, where we can glide and sway,
Savoy, let me stomp away with you;
Savoy, Savoy, Savoy
Your form just like a clinging vine,
Your lips so warm and sweet as wine,
Your cheek so soft and close to mine, divine.
How my heart is singing,
While the band is swinging,
I'm never tired of romping,
And stomping with you at the Savoy.
What joy
Savoy, Savoy,
Savoy, let me stomp away with you.              
               
Louis Armstrong (Nova Orleans, 04-08-1901 — New York, 06-07-1971) – Em 1959 em Estugarda na Alemanha, com Louis Armstrong (trompete), Trummy Young (trombone), Peanuts Hucko (clarinet), Billy Kyle (piano), Mort Herbert (contrabaixo), Danny Barcelona (bateria).                    
                             
                         
                              
Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) – Do espectáculo na Televisão Britânica em 1961        
                             
                           
                            
Letra (versão de Ella Fitzgerald)              
                           
Savoy, the home of sweet romance,
Savoy, it wins you with a glance,
Savoy, gives happy feet a chance to dance.
Your form so clinging vine,
Your lips sweet as wine,
Your cheek close to mine, divine.
How my heart is singing,
While the band is swinging,
I'm never tired of romping,
And stomping with you at the Savoy.
What joy - a perfect holiday,
Savoy, where we can dance and sway,
Savoy, until teh break up day, with you;
The home of sweet romance,
It wins you at a glance,
Gives happy feet a chance to dance.
Just like a clinging vine,
So soft and sweet as wine,
So soft and close to mine, divine.
How my heart is singing,
While the band is swinging,
I'm never, never, never tired of romping,
And stomping with you at the Savoy.
What joy - a perfect holiday,
Savoy, where we can glide and sway,
Savoy, let me stomp away with you.              
                            
Benny Goodman (Chicago, Illinois, 30-05-1909 – 13-06-1986)             
                   
                  
                           
Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!