Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 10 de setembro de 2011

Memória da F1 – 1959 GP Portugal, Monsanto




(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)              
                   

Grande Prémio de Portugal no circuito de Monsanto, em 1959             
                  
O Circuito de Monsanto era um circuito automóvel urbano com 5,440 km de extensão, localizado no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, Portugal. Tinha início na estrada de Queluz, passava pela auto-estrada do Estádio Nacional (actual A5), estrada do Alvito, estrada de Montes Claros (Alameda Keil do Amaral), estrada do Penedo e terminava na estrada dos Marcos.




O único participante português foi Mário Veloso de Araújo Cabral, também conhecido como “Nicha” Cabral, nascido em Cedofeita, a 15 de Janeiro de 1934, foi/é um piloto automóvel português. Frequentou o Colégio Valsassina, em Lisboa, e foi atleta olímpico de ginástica. Estreou-se como corredor de automóveis, na Fórmula 1, em 1959, no circuito de Monsanto. Em 1960, começou mais uma corrida, desta vez no circuito da Boavista, mas foi forçado a abandonar. Só voltou às corridas depois de regressar de Angola, onde cumpriu o serviço militar. Disputou, de seguida, duas corridas, em 1963 na Alemanha, em 1964, em Itália. Neste último ano, correu pela equipa “Derrington Francis–ATS”, ao contrário das outras três corridas, em que representou a “Cooper–Maserati”. O ano de 1965 ficou assinalado na sua carreira pelas piores razões. No Grande Prémio de França (Rouen), em Fórmula 2, foi vítima de um aparatoso e grave acidente, que lhe provocou diversos ferimentos e o afastamento das pistas durante três anos. No seu regresso, em 1968, conduziu vários carros de “Sport” até 1975, incluindo o “David Piper’s Porsche 917” – o automóvel que mais gozo lhe deu pilotar (como uma vez disse !) e com o qual obteve a segunda posição em Vila Real. Em 1973, no Grande Prémio de Portugal, em Fórmula 2, ficou em 8º lugar, ao volante de um “March”, e no circuito de Benguela, em Angola, obteria a última vitória da sua carreira. Foi o primeiro português a competir na Fórmula 1, fazendo por isso, parte da história do automobilismo português.
Em 1959, disputou-se como já disse em Monsanto, o 2.º Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, A classificação final foi esta.                
              

               
                    
                 
                 
Obrigado Fernando pela descoberta do “videoclip” no Youtube. Fica aqui mais qualquer coisa sobre a história desse mesmo grande prémio.

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!