Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 9 de setembro de 2012

Baladas Pat Metheny e… (V)


Durante dez semanas, duas por semana, deixar-vos-ei 20 baladas de Pat Metheny, algumas delas compostas em parceria.
Metheny porquê ?
Porque a sua música é uma presença diária. Faz-me sentir bem e verificar que ainda existem coisas boas no Mundo que habitamos. A música de Metheny é uma dessas coisas boas.     
            
Biografias de Pat Metheny e de alguns dos músicos do grupo por aqui:          
                  
           
           
As duas baladas de hoje, e mais uma vez com a ajuda do Youtube, são:         
                  
Suite: Legend Of The Fountain”, composta por Pat Metheny (música), para o álbum “Watercolors” de 1977, editado pela etiqueta ECM e produzido por Manfred Eicher.
A propósito do CD, na Allmusic, o crítico Richard S. Ginell premeia-o com 4 estrelas e afirma: "Metheny focado suavemente, no estilo de guitarra assimétrica, com ecos de influências aparentes tão díspares, como Jim Hall, George Benson, Jerry Garcia, e guitarristas de outros países, é bastante distinto. A futura parceria Metheny de longa duração com o teclista Lyle Mays também começa aqui, com Mays, principalmente no piano acústico, mas também a dar algumas leves passagens de sintetizador.         
               
A formação para este álbum foi a seguinte:            
                 
Pat Metheny - Viola, Viola de 12 cordas, Viola Harpa de 15 cordas;
Lyle Mays - Piano
Eberhard Weber - Baixo
Danny Gottlieb - Bateria  
             
             
                  
Letter From Home”, composta por Pat Metheny (música) para o álbum “Letter From Home” de 1989, faixa Nº. 8. Editado pela Geffen (Metheny Group Productions) 24245. O álbum dá continuidade ao anterior “Still Life (Talking)” de 1987, continuando a inserir elementos brasileiros em “Jazz”. Foi gravado no estúdio “The Power Station”, New York, na Primavera de 1989.            
                   
A formação para este álbum foi a seguinte:           
              
Pat Metheny – Violas eléctricas e acústicas, Viola de 12 cordas, Violas sopranos, “Tiple”, Viola sintetizadora, “Synclavier”;
Lyle Mays - Piano, Orgão, Teclas, Acordeão, Trompete, “Synclavier”;
Steve Rodby – Baixo eléctrico e acústico;
Paul Wertico – Bateria, Caja, Percussão adicional;
Pedro Aznar – Voz, Viola acústica, Marimba, Vibrafone, Saxofone tenor, Charango, Melódica, “Panpipe”, Percussão adicional;
Armando Marçal – Percussão.            


Esta actuação foi gravada em 24 de Agosto de 1989, no “Today Show”, da NBC, com Bryant Gumble fazer introdução e a entrevista.           
              

1 comentário:

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!